sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Sob olhares de professoras da educação infantil: a relação de gênero nos contos de fadas



Autoras: Ana Paula Maycá e Juliane Odinino

A presente pesquisa tem como objetivo analisar as possibilidades do uso dos contos de fadas para problematizar as relações de gênero, permeadas por jogos de poder, na educação infantil. Foi realizado um levantamento teórico sobre o assunto bem como buscou-se compreender, através das considerações de duas professoras pesquisadoras dos estudos de gênero atuantes na Educação Infantil, que concepções possuem sobre as possibilidades e o papel dos contos de fadas neste contexto. Foram destacadas as significações atribuídas pelas professoras da Educação Infantil que tiveram em sua formação docente um contato mais dedicado acerca das relações de gênero presentes nos contos de fadas, identificando e apresentando as principais representações de gênero contidas nos contos de fadas clássicos. Procuramos investigar por meio das entrevistas com as professoras o porquê é importante pensar gênero desde a Educação Infantil e como os contos de fadas colaboram para essas discussões. De um lado, foi analisado como os contos de fadas agem na vida social das crianças e como pode ser trabalhado pela docente de maneira intencional para a discussão da temática. Por outro lado, problematizamos o uso desses contos sem haver mediação docente atenta às minúcias das relações de poder. Ao buscar compreender como a formação específica contribui para a discussão da temática de gênero, foi possível constatar que na educação de meninas e meninos fornecida pelas docentes, essas crianças transgridem e ressignificam as fronteiras do que lhe é imposto, daí a importância de se ter uma formação docente antenada às questões de gênero, no sentido de desconstruir estereótipos e combater toda forma de discriminação.



Artigo "Para uma menina ficar sozinha a partir do 4o. ano é o fim: novela carrossel e a erotização da infância na mídia televisiva

“PARA UMA MENINA FICAR SOZINHA A PARTIR DO 4º ANO É O FIM!”: NOVELA CARROSSEL E A EROTIZAÇÃO DA INFÂNCIA NA MÍDIA TELEVISIVA 


ANDRADE, Eduarda de (FMP) eduardaandradee@hotmail.com ODININO, Juliane Di Paula Queiroz (FMP) juliane.odinino@fmpsc.edu.br

RESUMO: Este artigo é fruto de uma pesquisa realizada como trabalho de conclusão de curso de pedagogia que teve por objetivo analisar a partir de uma perspectiva educacional o teor do conteúdo da novela infantil Carrossel exibida no SBT no que concerne a aspectos relacionados à incitação a uma precoce erotização infantil e à adultização das crianças. Buscou-se compreender a maneira como a mídia participa no comportamento das crianças, analisar a presença da erotização na telenovela Carrossel a partir de capítulos selecionados e elaborar possíveis contribuições do campo da mídiaeducação para pensar esses aspectos. Foi utilizada uma metodologia de abordagem qualitativa, por meio de observação e análise dos conteúdos da narrativa audiovisual apontada. Como fundamentação teórica nos embasamos em autores como: Ariès (1981), Buckingham (2004), entre outros. Após a realização da pesquisa, percebemos por meio dos conteúdos da novela Carrossel, além do caráter exageradamente consumista, a confirmação da erotização da imagem infantil advindos da mídia televisiva além da estereotipização de categorias sociais como gênero, classe e raça que hierarquizam os sujeitos, de onde decorre a importância das instituições educacionais dialogarem com tais culturas infantis no sentido de ampliar seus repertórios bem como desenvolver perspectivas críticas e alternativas com relação a essas visões de mundo que aparecem de forma naturalizada. PALAVRAS-CHAVE: infância; mídia televisiva; erotização; adultização.