O
presente artigo é oriundo de uma pesquisa cujo objetivo foi o de promover o
intercâmbio intercultural de narrativas audiovisuais infantis entre duas
instituições de educação básica da região da grande Florianópolis. Foi
desenvolvida entre os anos de 2014 e 2016, pelo Grupo de Pesquisa Observatório
de Práticas Escolares (OPE), da Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC), com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes). Todo o processo da pesquisa desafiou os diferentes
sujeitos a compartilharem experiências e aprendizados para além das relações
adultos e crianças, ensinantes e aprendentes, tão comum no cotidiano escolar,
de modo que conceitos como diversidade cultural, tecnologia, formação de
professores, currículo e infância foram criativamente problematizados com o
intuito de pautar as ações originais do projeto e atentar aos seus
desdobramentos oriundos da complexidade de tais realidades escolares. Este
artigo buscou privilegiar os dilemas relacionados a estas temáticas, tomadas
como problematizadoras para a formação docente em todos os níveis. Dessa
experiência, destacamos a necessidade de os/as professores/as desenvolverem uma
escuta mais sensível à diversidade cultural infantil oportunizando protagonismos
infantis em múltiplas linguagens. Também apontamos para importância de os
cursos de formação de professores/as para a diversidade cultural proporcionarem
experiências de pesquisa in loco, diante dos dilemas e tensionamentos
perpetrados na contemporaneidade quanto aos papéis de adultos e crianças no
contexto das tecnologias digitais.
Palavras-chave: Currículo.
Professores-Formação. Tecnologia Educacional. Educação Multicultural.